A UCI cumpre suas ameaças e aprova uma série de medidas para "proteger" a Copa do Mundo de CX
Continua a polêmica no ciclocross pela participação irregular dos melhores ciclistas na Copa do Mundo de CX, cuja classificação geral é desvalorizada pela maioria devido à extensão da competição que vai de meados de outubro até o final de janeiro, após a aposta da UCI em internacionalizá-la. Agora, a UCI está tomando uma série de medidas para incentivar mais ciclistas a participarem desta competição.
Novas medidas da UCI para favorecer a participação na Copa do Mundo de CX
Há alguns meses, quando estávamos no auge da temporada de CX a UCI anunciou que estava estudando uma série de medidas para fortalecer a Copa do Mundo de CX que poucos ciclistas enfrentam totalmente, por se estender por mais de três meses. Isso tem beneficiado outros circuitos mais concentrados no tempo, como o Superprestígio ou o X2O.
Buscando recuperar o protagonismo, a UCI finalmente anunciou quais serão essas medidas e que entrarão em vigor a partir de 1º de março. Novas regras que certamente causarão polêmica, começando pela proibição de todos os ciclistas que estão no Top20 do ranking da UCI de participar de corridas de categoria nacional, de forma que sejam obrigados a enfrentar provas de categoria UCI.
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Outra mudança que certamente não agradará a todos é que na hora de configurar as grelhas de partida de cada corrida, apenas será levada em conta a classificação geral desse campeonato, reservando as duas primeiras filas para os melhores classificados do certame e não do ranking UCI como até agora. Isso fará com que ciclistas que apenas fazem uma temporada de ciclocross reduzida, como Pidcock, Van Aert ou Van der Poel, tenham muita dificuldade em largar das primeiras linhas em qualquer corrida e, por outro lado, fará com que a única forma de largar das primeiras posições seja estar bem classificado nesse campeonato específico, o que pretende incentivar mais ciclistas a prestarem atenção às classificações gerais.
Além disso, a UCI criou a etiqueta de "evento protegido" que será concedida a no máximo 50% das provas da Copa do Mundo de CX, apenas às de especial importância para a competição. Essa proteção consistirá em permitir que a UCI vete a realização de qualquer outra corrida que ocorra no dia anterior ou no mesmo dia de um desses eventos protegidos.
O máximo organismo do ciclismo encerra com uma última norma que obriga todas as equipes de categoria UCI a apresentar pelo menos um ciclista em pelo menos cinco das corridas que compõem a Copa do Mundo de CX. Por sua vez, as equipes Profissionais UCI terão que estar presentes em todas as corridas que compõem a Copa do Mundo de CX com pelo menos três corredores. Uma medida que visa corrigir casos como o início nos Estados Unidos, que costuma ser ignorado por muitos ciclistas e equipes.