"Tudo estava indo bem até que voei por cima do guidão": foi assim a queda de Schurter que não vimos no Europeu

Depois de reencontrar as boas sensações na Copa do Mundo de Andorra, Nino Schurter chegava ao Campeonato Europeu XCO em Melgaço (Portugal) com a moral alta e a intenção clara de voltar a lutar por medalhas. O dez vezes campeão do mundo parecia ter deixado para trás seus problemas respiratórios e mostrava-se ambicioso diante de um circuito explosivo, técnico e extremamente rápido. No entanto, o sonho europeu desapareceu de forma inesperada após uma queda que o deixou sem opções.

"Ultimamente não estou fluindo como antes": Nino Schurter sofreu duas quedas e um furo que o deixaram fora da luta pelo Europeu

Desde a largada, Schurter mostrou que estava determinado. Ele se colocou na frente ao lado de seu compatriota Filippo Colombo e do britânico Charlie Aldridge, impondo um ritmo vertiginoso que rapidamente deixou para trás grande parte do pelotão. Foi um início no estilo clássico de Nino: agressivo, preciso e ambicioso. Tudo indicava que ele estava em condições de lutar pelo título continental.

No entanto, repentinamente, ele desapareceu das posições da frente. As câmeras não captaram o momento, mas os vídeos divulgados nas redes sociais confirmaram que ele havia sofrido uma queda aparatosa no rockgarden, em um dos trechos mais rápidos do circuito. Uma cena pouco comum tratando-se de Schurter, possivelmente o melhor descida do XCO da história.

 

 

 

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Apesar de ter conseguido continuar, o suíço reconheceu nas redes sociais que o acidente foi mais grave do que parecia inicialmente:

"Ultimamente não estou fluindo como antes. As coisas não estão fluindo. Tive uma saída perfeita e me sentia muito bem... até que voei por cima do guidão. Atordoado pelo impacto, caí novamente pouco depois e ainda furei longe da zona técnica. Depois de tantos anos em que tudo corria bem, suponho que agora é hora de aprender da pior forma." Explicava Nino Schurter.

A sucessão de incidentes o relegou a posições muito distantes da liderança e arruinou qualquer possibilidade de lutar pelo pódio.

Este novo revés se soma a uma temporada irregular em que Schurter começou muito bem com uma vitória na Cape Epic e um pódio no Brasil, mas logo teve que lidar com problemas respiratórios, quedas, abandonos e falta de ritmo.

Aos 39 anos, o campeão suíço continua demonstrando que, embora os resultados nem sempre o acompanhem, sua mentalidade competitiva e sua capacidade de se levantar após os golpes estão mais vivas do que nunca.