"Todos os testes foram negativos": Movistar se defende após a sanção a Lazkano
‘Nós não sabíamos nada’. Isso é essencialmente o que se destila do comunicado emitido pela Abarca Sports, empresa proprietária da equipe Movistar, após o enorme alvoroço causado pelo anúncio da suspensão de Oier Lazkano pela UCI após apresentar anomalias em seu passaporte biológico.

“Todos os controles apresentaram um resultado negativo” se desculpa a Movistar sobre a suspensão de Lazkano
O fato de que o comunicado da UCI onde se anunciava a suspensão de Oier Lazkano advertisse que as anomalias no passaporte biológico pelas quais finalmente se iniciou o procedimento sancionador vinham sendo detectadas desde a temporada 2022 fez com que muitos colocassem seus olhos na equipe Movistar perguntando-se se se tratava de algo orquestrado dentro da equipe, principalmente pela recente coincidência com a sanção ao também ex-ciclista da formação, Vinicius Rangel por faltas na localização para se submeter a controles.
A equipe telefônica não teve outro remédio a não ser emitir um comunicado a respeito, mas, buscando evitar toda associação com a equipe, não o fez em nome da Movistar Team, mas através da Abarca Sport, a empresa gestora que assume a propriedade da equipe.
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De qualquer forma, a contribuição desse comunicado não é outra senão a esperada, apontando que a equipe soube da suspensão de Oier Lazkano na tarde de ontem através da mesma notificação pública realizada pela UCI.
Claro, buscam deixar claro que, durante as três temporadas em que Lazkano esteve na equipe e nas quais a UCI afirma ter detectado as variações anômalas no passaporte biológico de Lazkano, o ciclista não testou positivo em nenhum dos múltiplos controles a que foi submetido, nem os oficiais por parte da UCI nem nos controles internos, portanto, era impossível intuir alguma anomalia como as que a UCI detectou.

O comunicado da Abarca Sports conclui reiterando o compromisso da equipe com um esporte limpo e transparente, além de sinalizar a intenção de redobrar os esforços e medidas antidoping que a equipe vem promovendo.
Uma comunicação completamente neutra, como costuma ocorrer nesses casos, sendo uma forma de “jogar a responsabilidade para fora”. De qualquer forma, é curiosa a coincidência em um período tão curto de tempo de duas sanções a ex-ciclistas da equipe. Com tudo, não parece provável que a Movistar estivesse ciente do que poderia ocorrer com Oier Lazkano, já que, até a última hora, tentou reter o ciclista que revelou suas habilidades de clasicista realizando uma fantástica primavera.