Assim que a Shimano acredita que serão as cidades do futuro
Redesenhar as cidades atuais para devolvê-las às pessoas é a ideia por trás do novo projeto visual da Shimano Cidades Futuras com o qual pretendem mostrar cidades em que pedestres e bicicletas são os protagonistas em vez de carros.
Shimano transforma Londres e Berlim para aproximá-las das pessoas
Todos sabemos que as cidades de hoje são construídas com o uso do carro em mente. Um paradigma que confina pedestres, ciclistas e veículos de mobilidade pessoal nas migalhas do espaço restante.
Aproveitando a celebração da feira Eurobike em Frankfurt, a Shimano apresentou o projeto visual Cidades Futuras com o qual pretendem imaginar e mostrar, através de animações geradas por computador, cidades com menos trânsito e poluição e mais atrativas para as pessoas.
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Nesta transformação, os pedestres e as bicicletas desempenham um papel crucial, permitindo uma mobilidade mais eficiente e respeitosa com o meio ambiente, conseguindo também uma melhoria da saúde e qualidade de vida dos seus habitantes.
As primeiras cidades a serem reimaginadas pelo projeto Cidades Futuras foram Berlim e Londres.
Na primeira delas, a Shimano se situou a avenida Karl Marx, uma via comercial construída na década de 1950 com 2 quilômetros de extensão e 90 metros de largura. Atualmente é dominada pelo tráfego motorizado. Apesar disso, ainda mantém muito da essência natural que domina Berlim.
Jan Kamensky, designer responsável pelo projeto Futuras Cidades da Shimano, removeu, usando técnicas de CGI, os carros e mobiliário urbano que ele substituiu por fileiras de árvores, amplas vias destinadas para bicicletas e muito espaço para pedestres que podem andar livremente sem interferência.
O outro local escolhido para apresentação do projeto foi o Marble Arch, em Londres.
Um espaço icônico da capital britânica localizado ao lado da Oxford Street e do Hyde Park, que por sua vez é um local de intenso tráfego. Neste caso, a Shimano imaginou o Marble Arch como uma extensão do Hyde Park, totalmente focado na mobilidade ciclística, bem-estar e diversão dos cidadãos e visitantes.
Um estudo recente realizado pelo Boston Consulting Group destacou que 13% dos europeus estavam dispostos a renunciar do uso do carro. Precisamente Londres e Berlim são bons exemplos de cidades que, após a pandemia, conseguiram aumentar o uso de bicicletas nas suas ruas em 119% no caso da capital britânica e em 59% se falarmos da capital alemã.
Criar as condições para tirar o espaço dos carros e devolvê-lo aos habitantes é parte essencial dessa mudança. “A transformação começa com a forma como vemos o mundo. A utopia é útil nisso. Permite-nos mudar a forma como olhamos para as coisas e ver o presente com novos olhos enquanto nos ajuda a direcionar nossas ações. Vamos começar a ver o mundo de uma nova maneira”, declarou Jan Kamensky.
Para encontrar novos lugares para incorporar essa visão de Cidades do Futuro, a Shimano abriu uma pesquisa online onde os participantes podem apontar lugares em suas cidades que merecem ser transformados e recuperados para as pessoas.