Richard Carapaz junta-se à festa do Giro d'Italia com uma vitória de pura classe

Apesar de não ter desempenhado um grande papel no contrarrelógio de ontem, Richard Carapaz já havia se destacado ao longo da primeira semana e hoje soube aproveitar o fato de não ser o centro das atenções para escapar da vigilância dos favoritos e vencer a décima primeira etapa do Giro d'Italia 2025, ao mesmo tempo em que conseguia reduzir alguns preciosos segundos na classificação geral, permitindo-lhe recuperar algumas posições na classificação geral.

Os favoritos não se esconderam no menu de média montanha preparado pelo Giro d'Italia

Etapa número 11 do Giro d'Italia que ligava Viareggio a Castelnovo ne'Monti. 186 quilômetros novamente com os Apeninos como cenário em um percurso de média montanha, mas que incluía, no meio da etapa, a tremenda ascensão ao Alpe San Pellegrino, uma das subidas mais brutais deste Giro d'Italia. Completavam o menu as subidas classificadas de segunda categoria Toano e Pietra di Bismantova, esta última a pouco mais de 5 quilômetros da conclusão.

Um dia que, no papel, após o esforço do contrarrelógio, parecia ser a típica etapa destinada a uma fuga de alto nível. Isso significou que a corrida começasse a mil por hora desde o início, com uma série de ataques nas primeiras duas horas de corrida. Finalmente, pouco antes do início da subida ao Alpe San Pellegrino, formou-se um enorme grupo de cerca de 35 ciclistas com nomes de alto nível como Pello Bilbao, Steinhauser, Joshua Tarling, Daan Hoole, Mads Pedersen, Wout Poels, Wilco Kelderman, Mathias Vacek, Nairo Quintana ou, mais uma vez, o líder da montanha Lorenzo Fortunato.

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No entanto, uma vez iniciada a subida, o grupo começou a se selecionar, e isso aconteceu ainda mais quando, logo no início da subida, Lorenzo Fortunato atacou com o duplo objetivo de buscar um grupo mais seleto e continuar consolidando sua maglia azurra que o reconhece como líder da montanha do Giro d'Italia.

O próximo a se mover seria Luke Plapp e depois dele seguiriam Nairo Quintana, Pello Bilbao e Wout Poels, que conseguiram alcançar Fortunato e formaram a fuga definitiva, enquanto atrás viam como a diferença em relação ao pelotão não se consolidava. Uma diferença que seria reduzida a zero quando, de forma totalmente inesperada, Egan Bernal atacou. Ayuso e Del Toro, que estavam atentos, conseguiram fechar a lacuna rapidamente, enquanto Primoz Roglic foi pego protegido no meio do grupo e teve que se esforçar um pouco mais, embora tenha conseguido chegar ao grupo sem grandes problemas.

Os fugitivos coroaram com apenas 56 segundos de vantagem, com Fortunato conquistando seus desejados pontos. No entanto, na descida, o pelotão assumiu que a fuga não representava perigo e diminuiu o ritmo, consolidando-a. De qualquer forma, o trabalho da UAE Team Emirates-XRG não permitiu que a vantagem fosse muito além de dois minutos e meio.

A vantagem foi diminuindo devido ao efeito da fadiga nesse terreno tão montanhoso, mas já, em direção à última ascensão a Pietra di Bismantova, o ritmo acelerou no grupo ao ver que a vitória poderia estar ao alcance. Eles iniciaram essa subida com menos de 30 segundos, com a UAE Team Emirates-XRG impondo um forte ritmo para manter o controle na medida do possível, enquanto entre os fugitivos ocorriam ataques tímidos e desesperados que não tinham efeito.

E justo quando o pelotão estava prestes a alcançá-los, Richard Carapaz apareceu de forma surpreendente lançando um ataque duro que Rafal Majka tentou fechar inicialmente, o último ciclista que trabalhava para os líderes da UAE Team Emirates-XRG. E, mais uma vez, houve um momento de tensão dentro da equipe emiradense quando, ao ver que Majka não conseguia fechar a lacuna, Isaac del Toro atacou pessoalmente e deixou Juan Ayuso em evidência, que não conseguiu se juntar à roda de seu companheiro, assim como Primoz Roglic.

Ao contrário do que aconteceu em Siena, desta vez o mexicano seguiu as ordens que chegavam pelo rádio e diminuiu o ritmo, o que permitiu que Roglic e Ayuso se juntassem novamente. Uma pausa que resultou no aumento da diferença de Richard Carapaz, que era de 31 segundos no topo, embora tenha cedido alguns segundos na chegada. No entanto, o que não puderam tirar dele foi uma nova vitória de etapa, que, juntamente com o tempo reduzido e a bonificação, também permitiu que ele subisse para o sexto lugar na classificação geral. Isaac del Toro e Giulio Ciccone completaram os lugares de bonificação, com o restante dos favoritos atrás deles.

Classificação Etapa 11

1. Richard Carapaz (EF Education-EasyPost) 4h35'20''
2. Isaac del Toro (UAE Team Emirates-XRG) +10''
3. Giulio Ciccone (Lidl-Trek) +10''
4. Thomas Pidcock (Q36.5) +10''
5. Egan Bernal (INEOS Grenadiers) +10''
6. Antonio Tiberi (Bahrain-Victorious) +10''
7. Juan Ayuso (UAE Team Emirates-XRG) +10''
8. Einer Rubio (Movistar Team) +10''
9. Derek Gee (Israel-PremierTech) +10''
10. Diego Ulissi (XDS Astana)+10''

Classificação Geral

1. Isaac del Toro (UAE Team Emirates-XRG) 38h47'31''
2. Juan Ayuso (UAE Team Emirates-XRG) +31''
3. Antonio Tiberi (Bahrain-Victorious ) +1'07''
4. Simon Yates (Visma-Lease a Bike) +1'09''
5. Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe) +1'24''
6. Richard Carapaz (EF Education-EasyPost) +1'56''
7. Giulio Ciccone (Lidl-Trek) +2'09''
8. Brandon McNulty (UAE Team Emirates-XRG) +2'16''
9. Adam Yates (UAE Team Emirates-XRG) +2'33''
10. Thymen Arensman (INEOS Grenadiers) +2'33''