RedBull se desliga de Lazkano e aponta para sua equipe anterior
A suspensão provisória de Oier Lazkano por anomalias em seu passaporte biológico continua gerando ondas expansivas no pelotão. Após a decisão da UCI de afastá-lo temporariamente da competição, a Red Bull–BORA emitiu um comunicado confirmando a rescisão imediata do contrato do ciclista vitoriano, marcando distâncias em relação ao caso e apontando para o Movistar Team.
A equipe alemã rompe seu contrato com o campeão espanhol após a suspensão provisória da UCI, que afeta sua passagem pelo Movistar Team
“Confirmamos que Oier Lazkano não fará mais parte da nossa equipe. Isso se deve à decisão da UCI de suspendê-lo provisoriamente. O assunto refere-se às temporadas 2022-2024, um período anterior à sua incorporação à nossa equipe”, aponta o comunicado da equipe alemã.
Para a equipe, que havia contratado Lazkano no início de 2025 com um contrato de 1,5 milhões de euros anuais, não foi necessário reconhecer que o corredor já estava suspenso internamente há meses, quando foram conhecidos os primeiros detalhes da investigação aberta pela UCI. A ruptura oficial chega agora, após o organismo internacional tornar pública a suspensão cautelar.
O próprio comunicado da Red Bull–BORA deixa claro que a investigação se concentra no período compreendido entre 2022 e 2024, os anos em que Lazkano militou no Movistar Team. E por alucinações, a equipe espanhola, que havia encerrado sua relação com o ciclista após a temporada de 2024, comunicou ontem que se declarava “surpresa” com a notícia e assegurava não poder oferecer mais informações “por enquanto”.
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No entanto, a coincidência temporal com outros episódios recentes adiciona pressão ao ambiente da equipe telefônica. Poucos dias antes, o Movistar Team anunciou uma profunda reestruturação de sua Área Esportiva, com Sebastião Unzué assumindo o novo papel de Head of Sports. Mas nesse mesmo contexto também foi conhecida a suspensão do brasileiro Vinicius Rangel, ex-ciclista da equipe entre 2022 e 2024, por se ausentar de três controles antidoping nos últimos doze meses.

O regulamento da UCI estabelece que quando dois ou mais ciclistas de uma mesma equipe testam positivo ou apresentam irregularidades em um determinado período, a equipe pode enfrentar sanções coletivas, que vão desde multas econômicas até a suspensão temporária de licença.
Por enquanto, a UCI não confirmou se os casos de Lazkano e Rangel poderiam estar vinculados sob essa norma, mas o fato de que ambos os casos estão associados ao mesmo período competitivo mantém o Movistar Team em alerta, que atravessa uma fase de transformação interna e busca de estabilidade.