Com apenas 18 anos, Pablo Torres assina contrato até 2030 com a UAE e tem as ideias claras: quer vencer a Vuelta, o Tour e o Giro
UAE Team Emirates parece pronto para continuar dominando o ciclismo mundial também na próxima década. Quando ainda há muito Pogacar, lembremos que ele tem apenas 26 anos, o futuro da equipe aponta para a última pérola do ciclismo espanhol, o madrilenho Pablo Torres que há alguns dias oficializou sua contratação pela equipe World Tour após um ano na equipe de desenvolvimento emiradense onde teve uma temporada fabulosa.
UAE Team Emirates tem um novo diamante para lapidar
Segundo no Giro d'Italia Next e também segundo, vencendo de forma brilhante a última etapa com final no Colle delle Finestre onde ficou a apenas 12 segundos de ter conquistado a camisa amarela do Tour del Povernir. Esta é a carta de apresentação de Pablo Torres que, com apenas 18 anos, já aponta para os maiores objetivos dentro de um ciclismo espanhol órfão há muito tempo de vitórias em grandes voltas.
Para Pablo Torres, que no ano passado se juntou à equipe de desenvolvimento da UAE desde a categoria júnior, a categoria Sub23 é pequena demais e para 2025 ele já assinou um contrato com a UAE Team Emirates que se estenderá até 2030, mostrando a confiança em suas habilidades que a equipe de Josean Fernández Matxin tem. Tempo de sobra para, assim como fizeram com Tadej Pogacar em seu dia, aprimorar suas habilidades até revelar o grande campeão que todos os indícios apontam que é Pablo Torres.
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Obviamente, é muito arriscado prever o que Pablo Torres pode alcançar, lembremos que o esporte não é matemática. No entanto, o madrilenho não se intimida e aponta que seu sonho seria vencer as três grandes voltas, embora tenha claro que, para conseguir isso, terá que trabalhar no contra-relógio, uma disciplina na qual, admite, melhorou bastante.
A contratação de Pablo Torres por uma equipe World Tour com apenas 18 anos continua consolidando a tendência atual do ciclismo por parte das grandes equipes de amarrar os ciclistas promissores o mais cedo possível para serem responsáveis por aprimorar seu desempenho. Uma tendência que é uma faca de dois gumes, pois, embora traga estabilidade a longo prazo para aqueles que conseguem dar o salto para profissionais tão jovens, praticamente está minando a categoria Sub23 que tradicionalmente tem servido para formar ciclistas.
Segundo palavras do próprio Pablo, em uma entrevista concedida ao jornal AS, os ciclistas juniores de hoje em dia treinam de forma muito precoce com a crença de que se não derem o salto para o ciclismo profissional diretamente da categoria júnior nunca conseguirão ser profissionais ou, se conseguirem, será em equipes modestas. Uma tendência que pode deixar muito talento pelo caminho, já que nem todos os organismos se desenvolvem da mesma forma e há ciclistas que não atingem seu potencial até alguns anos mais tarde.
Com sua juventude, Pablo Torres mal desfrutou do ciclismo na televisão, mas, não poderia ser de outra forma, ele se declara admirador de um Tadej Pogacar com quem compartilhará equipe a partir de 2025, um ciclista que ia para todas as corridas com a mentalidade de vencê-las.