É melhor pedalar em pé ou sentado?

Pedalar em pé ou pedalar sentado? É um dos debates mais antigos do ciclismo. Desde que Jacques Anquetil, o rei do contrarrelógio, resistiu sentado no selim aos ataques furiosos do ágil Federico Martín Bahamontes, passando pelos castigos a que Miguel Induráin, ao ritmo e sem levantar na bicicleta, condenava aqueles que ousaram a seguir a roda até o último Giro d'Italia, uma corrida que Tom Dumoulin, recordando o navarro, dominou com um estilo menos espetacular, mas em ocasiões igualmente eficazes, a dicotomia esteve sempre presente.

Pedalar em pé ou pedalar sentado?

A primeira coisa a entender -e que aqueles que conhecem os ciclistas mencionados poderão deduzir- é que o físico do ciclista influencia a conveniência de optar por uma ou outra técnica de pedalada. Se o peso do ciclista estiver acima da média, pedalar sentado costuma ser a melhor opção. O que é relatado aqui, portanto, é voltado para a generalidade, para ciclistas em peso padrão.

O estudo Millet, realizado em 2002, concluiu que, embora a Frequência Cardíaca tenha aumentado ao pedalar em pé na bicicleta, esse aumento foi 100% compensado pelo aumento da potência, tanto média quanto máxima. Ou seja, embora a FC fosse maior, para atingir os níveis de potência que foram alcançados com essa técnica, sentados, deveríamos aumentar a força de nossa pedalada até igualar esses valores.

Haveria apenas uma exceção óbvia: embora pedalar em pé possa ser ótimo em situações em que é necessária uma potência significativa - em subidas ou em sprints -, não é o caso quando o objetivo é superar a resistência de um forte vento contrário. Nesta situação, o ideal é adquirir a posição mais aerodinâmica possível.

Você é mais Indurain ou Chiapucci? Ulrich ou Roberto Heras? Seja você um daqueles que só se levanta quando é inevitável ou um daqueles dançarinos no selim, conte-nos nos comentários de nossas redes sociais.