O mecânico de Froome também não gosta de freios a disco
Os freios a disco são usados ??há mais de cinco anos no pelotão e, embora a polêmica sobre eles tenha diminuído, ainda se escuta vozes contra seu uso.
Freios a disco devem evoluir no ciclismo de estrada
Quatro anos se passaram desde que, após um longo período de testes em corridas, a UCI autorizou definitivamente o uso de freios a disco em competições de ciclismo de estrada. No entanto, ainda é um sistema que não convence totalmente quem tem que trabalhar com eles diariamente.
O último a se manifestar foi Gary Blem, mecânico de Chris Froome, que fala sobre eles em um vídeo postado no canal do corredor britânico no YouTube.
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Gary afirma que em sua opinião a tecnologia de freios ainda não está no nível exigido no ciclismo de estrada competitivo: “Com os discos foi passada a mensagem de que todos podem adiar a frenagem até o último metro e, às vezes, os pneus não têm aderência para isso, menos ainda nas velocidades em que competem”.
Gary também fala sobre a carga de trabalho que isso implica para ele como mecânico, indicando que embora seja fácil para um ciclista fazê-los funcionar perfeitamente, no caso dos profissionais, que enfrentam descidas muito longas de 20 ou 30 quilômetros, exigindo a máxima capacidade dos freios é normal encontrar ruídos ou pistões que permanecem bloqueados. Felizmente, diz ele, a Shimano resolveu esses problemas em seus novos grupos de 12 velocidades.
Claro, ele não deixa de mencionar o fator peso, que hoje é tão importante na competição. Pois adicionar 300 ou 400 g à bicicleta nos freios significa ter que os reduzir no quadro ou nas rodas, elementos que já se fabricam ao limite.
No entanto, Gary diz que é apenas uma questão de tempo até que os discos atinjam o nível de desempenho de que precisam, comparando-o com o início dos câmbios eletrônicos que lhes davam algumas dores de cabeça.
O mecânico de Chris Froome não é o único que expressou sua insatisfação com os freios a disco nas últimas horas. Depois do acidente que ocorreu durante o Liège – Bastogne – Liège, ou o vivido na primeira etapa do Tour da Suiça, alguns como o ex-diretor de ciclismo Manolo Sainz não hesitam em apontar os discos como culpados.
De qualquer forma, a aposta das marcas é decidida e, uma simples olhada nos catálogos e nas bicicletas utilizadas pelas equipes nos mostra que os discos vieram para ficar.