Laporte deixa os sprinters chupando o dedo

Resultado surpreendente na 19ª etapa do Tour de France com um grande Christophe Laporte que acrescentou uma nova vitória para Jumbo-Visma em um dia que parecia creditada ao sprint.

Jumbo-Visma mantém seu domínio no Tour de France com mais uma vitória

Como esperado, depois da dura jornada de montanha pelos Pirineus, a etapa de hoje, 188 quilômetros em que a caravana do Tour de France se dirigiu para o norte, entre Castelnau Magnoac e Cahors, foi percorrida em total tranquilidade.

Um dia que amanheceu com o abandono de Enric Mas, positivo para covid, depois de um Tour de France em que esteve longe das suas aspirações iniciais. Um desempenho ainda mais obscurecido pelos problemas mostrados durante as descidas que atingiram seu auge ontem quando, finalmente, eles conseguiram filtrar na fuga do dia e foi cortado na descida de Soulor

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Em declarações após a etapa, Enric Mas confessou que estava tendo problemas neste aspecto desde a forte queda que sofreu durante a disputa do Critérium du Dauphiné.

Um percurso plano e todas as classificações decididas foram fatores-chave para o pelotão optar por uma trégua antes de enfrentar o duro contrarrelógio que os espera amanhã. A isso devemos acrescentar as poucas oportunidades que os velocistas tiveram.

A decisão das equipes com homens velozes provocou uma largada em ritmo alto, tentando dissuadir os aventureiros. No entanto, a QuickStep procurou ser a mais inteligente da classe e, para evitar trabalho extra, lançou Mikkel Honoré a quem se juntaria Taco Van der Hoorn, Quinn Simmons, Nils Politt e um praticamente desaparecido ao longo deste Tour de France, Matej Mohoric.

Após um repasso rápido, o pelotão dá o seu aval a esta aventura, embora com a presença desde o primeiro momento à frente do grande grupo de corredores de Alpecin-Deceuninck e BikeExchange-Jayco, que não deixaram trégua a fuga, cuja diferença não ultrapassou um minuto e trinta segundos.

Portanto, etapa de desenvolvimento monótono esta décima nona parte do Tour de France, que tirou a monotonia a breve neutralização da prova devido à presença de manifestantes na estrada.

O pelotão estava prestes a neutralizar a fuga a 124 quilômetros do final, quando Nils Politt voltou à disciplina do grande grupo. No entanto, Honoré voltou a acelerar, buscando dar uma nova vida a fuga, que novamente se distanciou. Desta vez, mais perto do final, já não os deixaram pegar mais de 1 minuto de diferença.

Na parte final, duas subidas de 4ª categoria adicionam um pouco de tempero a etapa. A primeira é usada para que a fuga se quebre e Simmons e Mohoric sigam em frente. O resto da fuga, diz basta e se deixam apanhar. Pouco depois, Mohoric os imitaria, deixando o americano sozinho na liderança de uma missão impossível que dura até 35 quilômetros para a chegada, durante a subida a penúltima cota do Tour de France, já que falta mais um na etapa de Paris, quando o pelotão põe fim à sua aventura.

A captura de Simmons é o sinal para um novo alerta no pelotão, até o próprio Pogacar faz um movimento tímido, mais voltado para a galeria do que qualquer outra coisa que, como nos dias anteriores, é respondido por um vigilante Wout Van Aert. Finalmente, depois de atravessar a colina, há um pequeno grupo formado por Jasper Stuyven, Alexis Gougeard e Fred Wright à frente, que rapidamente chegam a meio minuto de diferença.

Parecia que não chegariam a lugar nenhum, mas acabariam sendo decisivos no emocionante desfecho da etapa. Os quilômetros se passaram e o ímpeto do pelotão não conseguiu reduzir a diferença graças aos grandes rodadores que estavam à frente.

Não foi até pouco antes do último quilômetro que o pelotão praticamente os caçou após uma aceleração à frente do grupo por Christophe Laporte para terminar de fechar a vantagem.

Nesse momento começou uma subida dura que dava acesso a meta e que Fred Wright aproveitou para gastar sua última bala lançando uma arrancada. Laporte, com grandes pernas, semelhantes às que nos surpreenderam na primavera passada, agarra-se à sua roda e arremata a poucos metros da chegada, entrando de forma notável e acrescentando um novo patamar ao fantástico Tour de France que a Jumbo-Vista está vivendo.

Uma lista que inclui as duas etapas alcançadas por Wout Van Aert e as duas vitórias do seu líder, Jonas Vingegaard, que ainda poderá ser estendida no contrarrelógio de amanhã e, como aconteceu no ano passado, no domingo na Champs-Élysées.

Classificação Etapa 19

1. Christophe Laporte (Jumbo-Visma) 3h52’04’’
2. Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck) +01’’
3. Alberto Dainese (Team DSM) m.t.
4. Florian Sénéchal (QuickStep-Alpha Vinyl) m.t.
5. Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) m.t.
6. Amaury Capiot (Arkéa Samsic) m.t.
7. Dylan Groenewegen (BikeExchange-Jayco) m.t.
8. Hugo Hofstetter (Arkéa Samsic) m.t.
9. Luka Mezgec (BikeExchange-Jayco) m.t.
10. Caleb Ewan (Lotto Soudal) m.t.

Classificação Geral

1. Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) 75h45’44’’
2. Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) +3’21’’
3. Geraint Thomas (INEOS Grenadiers) +8’00’’
4. David Gaudu (Groupama FDJ) +11’05’’
5. Nairo Quintana (Arkéa Samsic) +13’35’’
6. Louis Meintjes (Intermarché-Wanty) +13’43’’
7. Aleksandr Vlasov (Bora Hansgrohe) +14’10’’
8. Romain Bardet (Team DSM) +16’11’’
9. Alexey Lutsenko (Astana) +20’24’’
10. Adam Yates (INEOS Grenadiers) +20’32’’