Kata Blanka Vas, uma ciclista disposta a vencer tudo
Corredores multidisciplinares (os que vencem na estrada, ciclocross, MTB e, às vezes, pista) estão na moda: Van der Poel, Marianne Vos, Tom Pidcock, Pauline Ferrand-Prévot... E, há alguns meses, tudo indica que em breve outro nome terá de ser adicionado a essa lista de estrelas masculinas e femininas: a húngara Kata Blanka Vas, uma ciclista que chega à elite pronta para vencer tudo. Se você ainda não a conhece, tome nota, pois ela aponta jeito de campeã... e até aspira à tríplice coroa.
Kata Blanka Vas: jovem, mas com um ótimo histórico
Nascida em Budapeste em setembro de 2001 (sim, ela tem a mesma idade dos ataques às Torres Gêmeas), Kata Blanka Vas corre desde os 15 anos de estrada, MTB e ciclocross. E, neste tempo, cresceu muito. Tanto que, no ano passado, com apenas 19 anos, terminou em quarto lugar no Mundial de Estrada, em Flandres (depois de Elisa Balsamo, Vos e Niewiadoma), e na mesma posição nas Olimpíadas de Tóquio, no mountain bike (atrás do trio de suíças que monopolizou as medalhas).
Nesta última disciplina, ela também foi segunda no Mundial Sub-23 de 2020 (só superada pela atual dominadora do circuito de elite, Loana Lecomte) e quarta no Mundial Sub-23 de 2021. E, na estrada, além de acumular 3 campeonatos nacionais húngaros, já deixou vislumbres da sua qualidade: depois de ser medalha de prata no Europeu sub-23, entrou no top 10 do Ceratizit Challenge by La Vuelta.
RECOMENDADO

Esta sessão de rolo de menos de 1 hora pode salvar seu treinamento

A real importância de se inscrever para uma corrida

Não descuide da sua alimentação treinando no frio

Benefícios do esqui de montanha para ciclistas

Estas são as bebidas alcoólicas que menos engordam

Qual tamanho da bicicleta que você precisa? Aqui dizemos
Mas onde essa jovem promessa mais se destacou talvez seja no ciclocross. Ela vem conquistando o campeonato húngaro há 4 anos consecutivos e foi a segunda colocada no Mundial Sub-23 de 2020 e a terceira em 2021. E, nesta temporada, ela foi a segunda colocada no Europeu, atrás da grande Lucinda Brand, e já ganhou uma prova da Copa do Mundo: o Overijse (além de entrar no pódio em Iowa e Flamanville). Claro, aqui você tem um problema chamado Fem Van Empel; a fenômeno holandesa, ainda um ano mais nova que ela, já colhe vitórias na elite.
Tudo isso, claro, chamou a atenção de olheiros e patrocinadores. Entre os últimos, acaba de assinar contrato com a Red Bull, e em abril do ano passado soubemos de sua contratação pela equipe holandesa SD Worx, onde já divide uma estrutura com ciclistas do porte de Anna van der Breggen, Amy Pieters e Chantal van den Broek-Blaak. Algo que pode beneficiá-la muito em seu desenvolvimento, já que a esquadra quer foca-la especialmente nas clássicas da primavera.
Sua grande ambição: a tripla coroa
Seu treinador na SD-Worx é outro grande ex-ciclista multidisciplinar: Lars Boom. E sua intenção é continuar competindo nas três disciplinas. Não em vão, suas referências são todos corredores versáteis: Mathieu Van der Poel, Anna Van der Breggen, Marianne Vos (será um sinal a quase coincidência de sobrenomes?) e, sobretudo, Pauline Ferrand-Prévot. "Ela é a minha favorita, porque é campeã mundial nas três modalidades", declarou no ano passado em entrevista à VeloNews.
Um desafio que sem dúvida já tem em mente para o futuro, tal como o seu ídolo MVdP ou Tom Pidcock. Por enquanto, seus objetivos para este 2022 são enfrentar nas melhores condições possíveis o Campeonato Mundial de Ciclocross em Fayetteville (Estados Unidos), no dia 29 de janeiro, e depois as clássicas da primavera. Amstel Gold Race, Fleche Vallonne ou Liège-Bastogne-Liège estão em seu calendário, e talvez ele possa lutar por algumas outras, como Strade Bianche ou Paris-Roubaix, onde aparece seu caráter todo terreno. Será esta a mulher que poderá finalmente destronar as (aparentemente) invencíveis holandesas?