Botas de compressão: por que não vai demorar muito para ter uma

Treinamento 04/01/22 00:14 Guilherme

Todos nós sabemos que a recuperação é uma fase quase tão importante quanto o treinamento. Mas, além de técnicas como o cool down, contrastes de água ou certas bebidas e alimentos, até poucos anos atrás não havia nada que nos ajudasse a acelerar o processo. As botas de compressão estão mudando as coisas. Alguns dispositivos que estão trazendo uma espécie de "revolução silenciosa" ao ciclismo.

Como funcionam as botas de compressão

Primeiro: botas não são o mesmo que meias de compressão, e nem têm muito a ver com isso, exceto pelo que fazem. Ou seja, sim, ambos servem para acelerar a taxa com que nosso corpo elimina os resíduos metabólicos que se acumulam nas células das pernas.

Por estarem longe do coração e por baixo dele, é uma operação que nos custa muito, tanto em termos de tempo quanto de recursos. Portanto, nunca é demais dar uma mão.

Mas, enquanto as meias exercem pressão constante na parte inferior que vai relaxando progressivamente, as botas usam compressão pneumática intermitente. Ou seja, alguns são passivos, enquanto outros agem ativamente. E é por causa dessa complexidade técnica que, até há relativamente pouco tempo, eram usados ??quase que exclusivamente em centros médicos. Especificamente, como tratamento para trombose.

Porém, nos últimos anos, elas se tornaram um complemento essencial na rotina de muitos atletas e ciclistas. Como outros dispositivos que se tornaram moda recentemente, como as pistolas de massagem muscular.

Na verdade, quem experimenta pela primeira vez as botas de recuperação (como também são conhecidas) costuma relatar que a sensação é muito semelhante à de receber uma massagem. E vários estudos, como este publicado no Journal of Applied Physiology, já indicam que, de fato, contribuem para melhorar a circulação sanguínea, reduzindo os níveis de ácido lático e diminuindo as dores musculares.

Se os profissionais têm um massagista à sua disposição após cada dia de competição, esta seria a maneira como o resto de nós mortais poderíamos nos aproximar desses níveis, sem deixar uma fortuna.

As melhores marcas e modelos

Isso não quer dizer que essas botas sejam exatamente baratas, embora seus preços tenham caído muito nos últimos tempos, e seguramente sigam caindo.

Entre as mais conhecidas, encontramos por exemplo a Ayre da Compex. São wireless (o que os torna ideais para transporte), possuem 4 câmaras de ar e a bateria dura cerca de 3 horas. E quanto te custarão? Exatamente 649,99 euros, no seu próprio site.

Uma empresa que se dedica exclusivamente a elas é a German Reboots. Na sua linha encontram-se dois modelos: One (a partir de 699 euros), para utilização em casa, com 8 câmaras de ar; e Go (a partir de 899 euros), com 6 câmaras e uma bateria recarregável para levar em viagem. A equipe espanhola Caja Rural-Seguros RGA inclusive tem entre seus patrocinadores outra marca europeia: Aerify, cujo sistema de 8 câmaras começa por 699 euros.

E, na parte alta dos preços, encontramos a Normatec. O pack com a sua unidade de controle 2.0 (também portátil e controlável desde o celular) e duas botas com 5 câmaras cada, chega a 929 euros.

Dados seus amplos benefícios e que o investimento que representam está se tornando mais razoável, não seria surpreendente se, dentro de alguns anos, tenham um espaço nas casas da maioria dos fãs de duas rodas.

Artigo escrito por Iván Fombella.

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