Agora sim, Van der Poel já está pensando em se aposentar do ciclocross
Cada ano por estas datas é um tema recorrente, mas, desta vez, parece real, Mathieu van der Poel já vê perto seu final no ciclocross. Não esqueçamos que o neerlandês, que praticamente ganhou tudo o que é possível para um ciclista de suas características, está a caminho de conseguir o recorde de Mundiais de Ciclocross vencidos e, no próximo dia 19 de janeiro, completará 31 anos.

Esta temporada poderia ser a última em que vemos Mathieu van der Poel competir no ciclocross
Ele deixou isso escapar no sábado após a corrida de Antuérpia em declarações ao meio neerlandês AD e, após ser questionado novamente ontem pelo diário belga Het Laatste Nieuws, confirmou que, se conseguir conquistar o oitavo Mundial em Hulst, “não me restaria muito a conquistar no ciclocross”.

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Van der Poel sempre disse que gostaria de deixar o ciclocross no auge, por isso é possível que o próximo Mundial também seja a corrida de despedida para o ciclista neerlandês da disciplina que o viu crescer como lenda. “Ainda amo o ciclocross, mas exige muita energia”, confessou o atleta da Alpecin-Deceuninck.
De qualquer forma, não é a primeira vez que Van der Poel faz esse tipo de declarações, embora, dado que já passou dos trinta, não há como não assumir que o final está mais perto do que longe. Que o Mundial ocorra em Hulst, Países Baixos, e que ele tenha o recorde de maillots arco-íris ao alcance da mão parecem ser a situação perfeita para uma retirada por todo o alto. “Nós falamos internamente várias vezes. É algo que estou pensando. Não estou ficando mais jovem”, explicava Van der Poel, que também deixava uma porta aberta para sua continuidade: “E se por algum motivo não funcionar? Sim, então sem dúvidas continuarei competindo para conseguir o recorde”.

As dúvidas sobre a continuidade no ciclocross voltam a ser motivadas pela relevância que tem a estrada e a pressão que o time exerce para que ele esteja em plenas condições sobre as rodas finas. Deixar o ciclocross teria vantagens para a primavera: “Eu faria isso principalmente pensando na temporada de estrada, sim. Para poder descansar um pouco mais durante o inverno. Por exemplo, poder ficar na Espanha todo o inverno e treinar lá”, explicava Van der Poel.