A UCI retifica e permitirá guidões mais estreitos
A União Ciclista Internacional (UCI) recuou em uma de suas medidas mais polêmicas, o limite mínimo de largura do guidão. Após as críticas recebidas por equipes, ciclistas e biomecânicos, o órgão reduziu a medida mínima entre as alavancas de freio, que passa de 320 mm para 280 mm.
A UCI recua e reduz a largura mínima do guidão
A primeira proposta, apresentada em junho e com entrada em vigor prevista para 1º de janeiro de 2026, estabelecia uma largura mínima de 400 mm no ponto mais largo do guidão e 320 mm entre as pontas internas das alavancas. Isso deixava a grande maioria do pelotão fora da legalidade, acostumada a usar guidões mais estreitos e com as alavancas viradas para dentro.
A reação foi imediata, especialmente no pelotão feminino, onde o uso de guidões menores é uma questão de ergonomia e segurança. O International Bike Fitting Institute chegou a publicar um comunicado denunciando que a UCI "não havia levado em consideração a biomecânica humana nem a segurança das ciclistas".
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Com a atualização anunciada hoje, a UCI confirma que a partir de 2026 o guidão deverá ter uma largura total máxima de 400 mm (medida de ponta a ponta), a distância mínima entre as alavancas agora é estabelecida em 280 mm, e o flare máximo (diferença de largura entre a parte alta e a curva do guidão) fixado em 65 mm.
Dessa forma, continuarão sendo perseguidas as configurações extremas que vimos há alguns anos com alavancas completamente torcidas em guidões minúsculos, mas pelo menos os ciclistas de menor estatura poderão manter guidões adequados ao seu tamanho.
Além disso, a UCI esclareceu que a cifra de 280 mm será objeto de monitoramento durante 2026, com a possibilidade de ser modificada após uma nova rodada de consultas com equipes e indústria.