A UCI irá impor um limite no preço das bicicletas mais caras deste esporte

Se uma bicicleta de 15.000 € parece cara, há uma modalidade do ciclismo em que essa cifra fica curta. Na pista não é raro ver bicicletas que superam os 100.000 €. A UCI acaba de anunciar que esses preços exorbitantes terão um limite para os próximos Jogos Olímpicos com o objetivo de igualar o acesso ao material entre as seleções.

A UCI limitará o preço do material no ciclismo em pista para garantir igualdade

O alto preço das bicicletas sempre foi um tema recorrente, mas no ciclismo em pista a situação atinge outro nível. Na estrada ou mesmo no triatlo não é estranho encontrar modelos que superem os 12.000 €, embora essas cifras sejam pequenas em comparação com os 126.000 € que algumas bicicletas de pista podem custar. Uma realidade que não passou despercebida para a UCI, que intervirá a partir de 2027 às vésperas dos Jogos de Los Angeles 2028.

Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 várias seleções competiram com bicicletas avaliadas em mais de 100.000 €, chegando em alguns casos aos 126.000 €. Esses custos desencadearam a polêmica, já que apenas alguns países com orçamentos muito elevados puderam acessar esse nível de material. A situação evidenciou o problema do acesso desigual à tecnologia no maior palco esportivo do ciclismo.

Para evitar que isso se repita, a UCI confirmou que a partir de 1 de janeiro de 2027 entrarão em vigor limites de preço para o material de pista. A regra afetará quadros, garfos, rodas, guidões e acoples, capacetes e macacões aerodinâmicos. O objetivo é que todas as seleções compitam com um equipamento de custo similar e que as diferenças sejam decididas nas pernas dos ciclistas, não na conta bancária de suas federações.

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A medida, aprovada pela Comissão de Equipamento e Novas Tecnologias da UCI e pela Comissão de Pista, reforça as regras implementadas desde Tóquio 2020, que já exigiam o registro e uso do material olímpico com meses de antecedência para garantir sua disponibilidade.

Com os novos limites econômicos, o organismo dá um passo adiante na busca pela igualdade de condições e pretende fechar a porta para que o orçamento faça a diferença.

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