7 ciclistas que serão protagonistas da Copa do Mundo XCO Masculina em 2022

Falta mais ou menos um mês para Petrópolis, essa novidade absoluta em terras brasileiras com a qual abrirá o grande calendário UCI de XCO. Um novo começo que se presume ser talvez mais emocionante, disputado e imprevisível do que nunca, com um número crescente de nomes aspirando à vitória. Então, para abrir o apetite, hoje analisamos os 7 ciclistas que serão protagonistas da Copa do Mundo XCO masculina em 2022. E, em breve, completaremos nossa lista com as favoritas no feminino.

Mas, por enquanto, aproveitem esse septeto de homens tão talentosos que, se todos chegarem em forma, ameaçam nos presentear com uma das melhores edições que já vimos.

Nino Schurter

De que apresentação o suíço precisa, quando já ganhou tudo neste esporte? Depois de exercer uma tirania esmagadora na última década, sua decepcionante temporada de 2020 parecia sinalizar um declínio, mas no ano seguinte ressurgiu com força, vencendo o Mundial. Portanto, é impossível prever o que acontecerá em 2022 com esse dominador incombustível.

Depois de vencer o Tankwa Trek ao lado de Filippo Colombo, fica claro que ele já está em boa forma e agora está indo para o Cape Epic. Se conseguir, ele aparecerá na Copa do Mundo XCO como favorito. Mas é claro que você terá que contar com todos os rivais que verá abaixo, e não faltam talento ou força, é claro.

Mathias Flückiger

À sombra de seu compatriota Schurter por quase toda a sua carreira, foi só aos 32 anos que conseguiu brilhar com uma temporada de 2021 para emoldurar. Com os demônios da falta de regularidade finalmente conjurados, ele foi campeão da Copa do Mundo e medalhista de prata nos Jogos de Tóquio, assim como no Mundial (embora isso já fosse uma tradição). Pode repetir a façanha este ano?

Vimo-lo concentrado com a sua equipe, Thömus Maxon, em Girona, mas ainda está à espera do momento certo para estrear na competição, assim entendemos que está se preparando com consciência.

Tom Pidcock

O britânico da Ineos-Grenadiers conquistou o ouro olímpico no ano passado e sonha em conquistar a tríplice coroa (campeonatos mundiais de ciclocross, que já conquistou, XCO e estrada), por isso organizou sua temporada em torno de seu amado MTB. Competirá na estrada apenas até o Giro d'Italia (6 a 29 de maio), e depois subirá na mountain bike, com a qual certamente perderia as 3 provas iniciais. Talvez Leogang (10 a 12 de junho) também esteja um pouco precipitado para ele, mas é claro que ele poderá estar nas 4 disputadas entre julho e agosto.

Ao contrário do caso dos dois suíços, a idade joga a seu favor. Ele fará 23 anos este ano e, no ano passado, em seu primeiro na elite, impressionou. Apesar de competir pouco (depois dos Jogos, teve que se preparar para a Vuelta a España de estrada), sofrendo alguns acidentes e tendo que largar de trás nas primeiras corridas da Copa do Mundo, conseguiu vencer em Nové Mesto e deixar flashes de altíssima qualidade em Albstadt. E Tóquio foi para emoldurar. Este ano, com um pouco mais de margem, vamos vê-lo como um verdadeiro dominador na segunda parte da temporada?

Mathieu Van der Poel

A grande incógnita. Até hoje não sabemos se estará, quando estará ou como estará. Seus problemas físicos (consequência da queda nos Jogos Olímpicos e outra no ciclocross) ainda o mantêm praticamente parado, e seu calendário de estrada é tudo menos claro. Mas sabemos que, onde quer que seja apresentado, será o protagonista. O holandês venceu 3 provas da Copa do Mundo XCO em 2019, terminando em 2º geral atrás de Schurter e colocando o suíço em dificuldades onde quer que se encontrem. E no ano passado, apesar de competir apenas em duas corridas, seus duelos com Pidcock também foram épicos.

De fato, quase todas as vezes que o vimos em uma bicicleta de MTB, ele foi o rival mais forte. O problema é que já faz muito tempo desde a última vez que isso aconteceu (aquele dia fatídico em Tóquio), e não sabemos quando será o próximo. Se efetivamente correr o Giro d'Italia e não for forçado por sua equipe, Alpecin-Fenix, a fazer o Tour também, talvez possamos ter outro cara-a-cara com Tom Pidcock em Lenzerheide em julho?

Henrique Avancini

Outro dos veteranos que deram vida a este esporte nos últimos tempos, tocou o céu em 2019, quando alcançou o número 1 no ranking da UCI. Mas os últimos dois anos foram uma provação para o ciclista da Cannondale Factory Racing, especialmente do ponto de vista psicológico e motivacional, apesar de não faltarem vitórias em Nové Mesto primeiro e depois no Short Track de Lenzerheide.

Há alguns meses ele até pensou em se aposentar, mas sabemos que em 2022 ele estará especialmente motivado para o início da Copa do Mundo, que será em sua cidade: Petrópolis (8 a 10 de abril). Aliás, já o vimos preparar em Chelva e Banyoles, onde não teve muita sorte. Será a primeira vez que uma prova dessa competição é realizada no Brasil, e o responsável é ninguém menos que o próprio Avancini, que passou uma década criando fãs em seu país. Algo nos diz que ele vai tentar se exibir mais uma vez na frente de seu público... e quem sabe, talvez levantar os braços.

Christopher Blevins

A nova contratação da Specialized Factory Racing, de sua filial, Trinity, é outra daquelas jovens promessas que exala talento por todos os poros. Ele provou isso no ano passado quando, contra todas as probabilidades, se tornou o primeiro Campeão Mundial de Short Track da história e teve sua primeira vitória na Copa do Mundo XCO 'em casa', em Snowshoe.

Aos 23 anos, se este americano continuar a sua progressão, não nos surpreenderemos ao vê-lo aparecer em inúmeros pódios, e até mesmo reivindicar a vitória em uma das 9 corridas. Antes, teremos a oportunidade de vê-lo no Absa Cape Epic 2022, em parceria com Matt Beers, no que se presume ser um grande duelo contra os SCOTTs, Nino Schurter e Lars Forster. Lá poderemos avaliar sua condição física para o início no Brasil.

Vlad Dascalu

O ex-campeão mundial, europeu e da Copa do Mundo Sub-23 está pouco a pouco conquistando seu espaço entre os 'mais velhos'. E este ano poderá ser o da sua consagração definitiva, depois de assinar pela Trek Factory Racing.

O romeno radicado na Espanha confessou em entrevista há alguns meses que sonha em vencer uma Copa do Mundo na categoria elite, embora ainda se veja longe de conseguir isso. No entanto, 2022 pode ser o momento em que esse sonho se torne um objetivo concreto.