Pidcock dá um show, vence seu primeiro Mundial CX elite e busca a tripla coroa
Com a ausência dos dois 'grandes', Wout Van Aert e Mathieu Van der Poel, o Mundial de Ciclocross de Fayetteville 2022 estava aberto a um novo campeão que finalmente os substituiria após 7 anos. E esse foi um estratosférico Tom Pidcock, que conquistou seu primeiro título na elite e se lança para a tripla coroa (com MTB e estrada). O novo membro dos 'três grandes' do CX, já por direito próprio, cumpriu todas as previsões e é o novo campeão mundial.
Tom Pidcock vence corrida frenética com os belgas como perdedores
Com sua nova Pinarello Crossista F, Pidcock escolheu o momento perfeito para atacar, na metade da quarta volta. Logo depois, Eli Iserbyt, que era esperado para ser seu grande rival, lançou-se em sua caça. Mas não conseguiu se aproximar do britânico e foi engolido pelo grupo que vinha atrás, com um surpreendente Clement Venturini, o holandês Lars Van der Haar e seus compatriotas Laurens Sweeck e Michael Vanthourenhout.
Na sexta volta, o homem que havia substituído Van Aert e MVdP já havia aberto mais de meio minuto aos seus perseguidores. Então, eles começaram a se observar, pensando mais nas medalhas de prata e bronze do que no desgarrado Pidcock. Finalmente, Van der Haar e Iserbyt impuseram sua qualidade e, acima de tudo, seu grande final de temporada, para disputar o segundo lugar. O holandês levou para o sprint, situação muito repetida neste Mundial.
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Mais uma vez, os belgas, que chegaram como os principais favoritos, com um exército muito poderoso, saem derrotados em um Campeonato Mundial (recordemos da corrida de estrada de Flandres do ano passado). Porque, mesmo que ganhem uma medalha, o bronze seguramente é pouco quando se coloca 6 corredores no top 10.
Quanto aos espanhóis, Felipe Orts, largou bem atrás, cerca de 20º nas primeiras voltas, mas depois voltou à 13ª posição. Kevin Suárez também melhorou ao longo da corrida, terminando em 19º lugar.
A propósito, Tom Pidcock alcançou a linha de chegada tão bem que até se permitiu fazer graça para as câmeras. Primeiro, saltos acrobáticos na descida; e, na reta final, depois de bater nas mãos dos fãs... ele até assumiu a posição de Super-Homem. Algo que, à primeira vista, pode parecer um gesto de soberba, mas na realidade deve ser interpretado mais como um aceno para sua 'criança interior'.
Lembremos que com a mesma postura ele entrou na linha de chegada ao vencer o Mundial Júnior CX em 2017 (como você pode ver na foto acima). E esse prodígio britânico conseguiu vencer nas três categorias (ele também o fez na Sub-23 em 2019). Isso, sem contar o Mundial de XCO Sub-23 em 2020, o e-MTB nesse mesmo ano e o contrarrelógio de estrada Júnior (2017). Quase nada. E agora... ele vai para os absolutos.
Puck Pieterse reina na Sub-23
Fem Van Empel e Puck Pieterse, que já são duas das melhores corredoras de ciclocross do momento na categoria elite, tiveram que reproduzir na corrida sub 23 o duelo de sábado entre Marienne Vos e Lucinda Brand. No entanto, Pieterse mostrou-se superior no circuito norte-americano, como já havia demonstrado na última corrida da Copa do Mundo em Hoogerheide.
Ela foi a única capaz de acompanhar o ataque muito forte de Shirin Van Anrooij na segunda volta, embora Van Empel mais tarde tenha conseguido se unir às suas duas compatriotas. Na última volta, no entanto, ela sofreu um problema mecânico, e foram Van Anrooij e Pieterse que chegaram ao sprint na reta final, com a última vencendo (por pouco). Mais um sprint neste Mundial e outro de trio de holandesas no pódio; um clássico do ciclismo feminino nos últimos anos.
Quanto a prova masculina Júnior, foi um pouco fora da norma do Benelux, já que se impôs o suíço Jan Christen. Ele fez isso no sprint, contra o belga Aaron Dockx e o britânico Nathan Smith, que levaram prata e bronze, respectivamente. Todos eles de 2004, lideraram boa parte do percurso, e deram um bom espetáculo, com ataques contínuos, embora nenhum tenha conseguido deixar os companheiros. O favorito, o holandês Haverdings, sofreu uma queda e terminou em nono. E não houve sorte para o espanhol Raúl Mira, que terminou em 31º lugar.
Resultados Mundial CX Masculino Élite
- PIDCOCK Thomas (REINO UNIDO) 1:00:36
- VAN DER HAAR Lars (PAÍSES BAJOS) +30
- ISERBYT Eli (BÉLGICA) +32
- VANTHOURENHOUT Michael (BÉLGICA) +52
- VENTURINI Clement (FRANCIA) +57
- AERTS Toon (BÉLGICA) +1:02
- ADAMS Jens (BÉLGICA) +1:06
- SWEECK Laurens (BÉLGICA) +1:16
- KUHN Kevin (SUIZA) +1:36
- SOETE Daan (BÉLGICA) +1:44
- VANDEBOSCH Toon (BÉLGICA) +1:46
- WHITE Curtis (ESTADOS UNIDOS) +1:48
- ORTS Felipe (ESPAÑA) +1:48
Resultados Mundial CX Femenino Sub-23
- PIETERSE Puck (PAÍSES BAJOS) 46:27
- VAN ANROOIJ Shirin (PAÍSES BAJOS) m.t.
- VAN EMPEL Fem (PAÍSES BAJOS) +12
- BOURQUIER Line (FRANCIA) +39
- FOUQUENET Amandine (FRANCIA) +1:26
- SCHREIBER Marie (LUXEMBURGO) +1:49
- ZEMANOVA Kristyna (REPÚBLICA CHECA) +2:15
- MUNRO Madigan (ESTADOS UNIDOS) +2:16
- CLOUSE Katie (ESTADOS UNIDOS) +3:03
- HARNDEN Harriet (REINO UNIDO) +3:34
Resultados Mundial CX Masculino Junior
- CHRISTEN Jan (SUIZA) 43:11
- DOCKX Aaron (BÉLGICA) +1
- SMITH Nathan (REINO UNIDO) +1
- LEQUET Corentin (FRANCIA) +20
- AUGUST Andrew (ESTADOS UNIDOS) +20
- VANDENBERGHE Viktor (BÉLGICA) +33
- NUYENS Wies (BÉLGICA) +35
- ACKERT Ian (CANADÁ) +39
- HAVERDINGS David (PAÍSES BAJOS) +41
- NIELSEN Daniel (DINAMARCA) +49