Jolanda Neff explica por que está voltando ao ciclocross e revela suas próximas corridas até o Mundial
Após quatro anos afastada do primeiro nível do ciclocross, Jolanda Neff reaparece neste domingo na Copa do Mundo de Namur. A suíça, campeã olímpica e mundial de MTB, inicia assim um bloco invernal muito intenso que a levará a disputar até oito provas em território belga em apenas três semanas, com a possibilidade aberta de também participar do Mundial de Hulst 2026.
Jolanda Neff rompe seu afastamento no ciclocross
Neff vinha limitando sua presença no ciclocross, e ainda mais em eventos de alto nível. Sua última participação em uma Copa do Mundo remonta a 2019, mas seu retorno coincide com um fim de semana de grandes nomes: Mathieu van der Poel, Tibor Del Grosso e Puck Pieterse também estarão em Namur.
Segundo explicou em declarações coletadas pelo Het Nieuwsblad, a suíça reconhece que sentia a necessidade de voltar a sentir a disciplina de dentro: “Talvez porque faz tanto tempo… A última vez que vim à Bélgica para correr foi no inverno de 2018-2019. Estou muito ansiosa para voltar. A Bélgica é o coração do ciclocross.”

RECOMENDADO
O que acontece se você pular a dieta durante as férias?
Competir como um pro: a HERO Costa Blanca te permite correr uma prova da Copa do Mundo XCM
Evenepoel descarta o Giro 2026 e compartilhará galões no Tour com Lipowitz
Nova Factor ONE: a superbike que redefine a aerodinâmica e a geometria moderna do ciclismo
A UCI anuncia o WorldTour 2026: lista completa e surpresas nas promoções e rebaixamentos
O ciclocross se resigna com Van der Poel: "Agora competimos pela segunda posição"
A Neff é especialmente motivada pela atmosfera única do ciclocross belga, um fator que, segundo ela, não se encontra em nenhum outro país. “Está na sua cultura. Não há nada parecido: o ambiente, a paixão, a vontade do público. As pessoas vêm como se estivessem de férias; sempre é divertido. Eu venho pela experiência… mas a cerveja é para o meu pai,” brincou na mesma entrevista.
O motivo do retorno não é casual. Sua equipe e seu treinador buscavam um estímulo diferente na preparação do ano. Neff explica que, durante o planejamento, ficou claro que precisavam de uma mudança:
“Meu treinador queria uma nova motivação. Algo diferente, não repetir sempre o mesmo caminho até o verão. Como a primeira Copa do Mundo de MTB não é até maio, voltar ao ciclocross parecia o desafio perfeito.”
O plano da suíça inclui oito provas belgas entre Namur e Gullegem (3 de janeiro). Ela ainda não detalhou quais serão todas, embora tenha adiantado que conhece alguns circuitos, como Baal, onde conquistou sua única vitória na Bélgica em 2019, e outros ela descobrirá ao longo do caminho.
Após Gullegem, viajará para a Suíça para disputar o Campeonato Nacional, e a partir daí decidirá se participa do Mundial de Hulst, que por enquanto mantém como uma possibilidade real.