É a UAE a melhor equipe de ciclismo da história?

A temporada 2025 da UAE Team Emirates-XRG está quebrando paradigmas. Com 72 vitórias acumuladas até meados de agosto e 15 títulos em voltas por etapas, o conjunto emiradense se tornou uma máquina quase imparável que domina em todos os terrenos e distribui protagonismo entre nada menos que 20 corredores diferentes. Agora está prestes a quebrar um recorde histórico de vitórias.

UAE Team Emirates-XRG, a um passo de fazer história: 2025 pode ser o ano do recorde absoluto de vitórias

O objetivo da equipe, faltando alguns meses para o final da temporada, parece claro que é bater o recorde histórico de 85 triunfos em um mesmo ano que pertence ao Columbia-HTC desde 2009. Naquela época, o conjunto estadunidense construiu sua marca com uma artilharia de velocistas liderada por Mark Cavendish (23 vitórias) e André Greipel (20). A diferença é que o UAE não depende de um único tipo de corredor, mas vence em clássicas, grandes voltas, contrarrelógios, sprints reduzidos e finais em alto.

Desde a primeira vitória do ano, assinada por Jhonatan Narváez no Santos Tour Down Under, até o recente duplo triunfo de Brandon McNulty no contrarrelógio e geral do Tour de Polônia, a temporada do UAE tem sido uma sucessão constante de sucessos. Tadej Poga?ar lidera a estatística com 16 vitórias, seguido por João Almeida e Isaac del Toro com 9 cada um e Juan Ayuso com 6.

Mas a verdadeira força da equipe reside em sua amplitude: quase 70% de sua equipe já venceu pelo menos uma corrida este ano, igualando o recorde moderno da Mapei-Quick Step (20 corredores diferentes vencendo em uma mesma temporada). Até mesmo há ciclistas que estão perto de sua primeira vitória, como Rui Oliveira, que foi desqualificado após vencer na Eslovênia.

 

 

 

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O UAE venceu 9 das 12 provas por etapas do WorldTour disputadas até agora. Apenas Paris-Nice, Catalunha e o Giro d'Italia escaparam de seu controle, embora até lá tenham conseguido chegar ao pódio. No Tour de France, Poga?ar assinou uma de suas vitórias mais sólidas, levando também três etapas.

E ainda restam alguns meses cheios de provas em que o UAE poderia conquistar muitas vitórias, como a Volta a Espanha, as clássicas canadenses, o Mundial de Ruanda, Il Lombardia e uma série de provas menores onde a equipe costuma aproveitar para somar.

Em 2024 eles ficaram a apenas quatro vitórias do recorde, com 81. Agora, com quase três meses de competição pela frente e um calendário repleto de corridas programadas, superar as 85 vitórias do Columbia-HTC parece mais uma questão de tempo do que de possibilidade. Até mesmo, com um fechamento de temporada no ritmo atual, não seria absurdo pensar em se aproximar das 100 vitórias, algo nunca visto no ciclismo moderno.

Em um esporte acostumado à alternância de vencedores, o domínio do UAE levanta questões: é bom para o espetáculo que uma equipe monopolize tantas vitórias?