Chaves para escolher o seu guidão de estrada

Autoestrada 03/08/22 16:56 Guilherme

O guidão é um dos três pontos de contato entre a bicicleta e o ciclista. Escolher o guidão de estrada que melhor nos adapte é essencial para evitar desconfortos.

Guia para escolher o guidão de estrada perfeito

Dos três pontos de contato entre o ciclista e a bicicleta: pedais, selim e guidão, este último talvez seja o que mais influência na posição do ciclista. Além do desconforto físico que uma escolha incorreta pode nos causar, como dores nos braços e pulsos ou dormência nas mãos, o guidão de estrada influencia diretamente na segurança, afetando diretamente o controle que temos sobre a bicicleta e como acionamos os freios.

Não é incomum ver ciclistas, com guidões pouco adequados à sua fisionomia e estilo de ciclismo, que precisam colocar os manetes em posições extremas para ter uma posição confortável. Uma localização que logo impossibilita que eles alcancem o freio se segurarem na curva do guidão, perdendo assim a pegada que nos dá mais controle e mais segurança nas descidas.

As medidas do guidão

Ao escolher o guidão de estrada perfeito, temos que saber o que define os diferentes guidões do mercado. A primeira coisa a ter em conta são as medidas do guidão.

Existem três dimensões principais que definem como é um guidão: o alcance, que é o que o guidão avança de sua zona horizontal até a extremidade mais adiantada que marca a curva; a caída (drop), ou o que abaixa o guidão verticalmente da seção horizontal até o final; e a largura que dependendo de cada marca pode ser medida nas extremidades ou na área da curva.

Das três medidas, tanto o alcance quanto a caída têm influência direta no posicionamento biomecânico do ciclista e devem ser levados em consideração ao substituir o guidão de nossa bicicleta por um novo. Por seu lado, a largura não é tão crítica e tem mais influência no comportamento que queremos alcançar em nossa bicicleta.

Tradicionalmente, a largura do guidão é escolhida para coincidir com a largura dos ombros do ciclista. No entanto, a chegada da gravel levou à proliferação de guidões mais largos, com os quais se consegue maior estabilidade, e modelos com flare, ou seja, com as pontas mais ou menos abertas em relação à área de ancoragem dos manetes, que permitem alcançar uma posição mais aberta quando seguramos na parte inferior.

No outro extremo, entre os ciclistas de estrada mais esportivos, a tendência atual é usar guidões cada vez mais estreitos. A razão para isso se deve à busca por uma posição mais aerodinâmica e, por outro lado, alcançar maior agilidade de condução ao ser mais estreito permite uma melhor busca de lacunas ao andar embutido em um pelotão.

Posição dos manetes

Outro aspecto a ter em conta é como as alavancas são integradas na forma do guidão. Nos guidões tradicionais, a colocação dos manetes ficava abaixo da parte horizontal para que tivessem uma grande caída. Muitos ciclistas, para conseguir uma posição mais confortável, levantavam os manetes, porém, isso afastava a ponta na área da curva, impossibilitando o alcance do manete de freio quando segurava embaixo.

Atualmente, os guidões tendem a estender sua parte superior e projetar a curva de forma que a transição com o manete seja feita na horizontal, o que torna a pegada mais fácil e natural, mesmo que tenhamos mãos grandes, na posição que mais utilizamos durante nossos percursos.

Além disso, a curva foi projetada para estar o mais próximo possível do manete e, assim, facilitar as trocas e freios ao segurar na parte inferior.

Por outro lado, a variedade de dimensões disponíveis aumentou com modelos de medidas compactas que reduzem o alcance e a caída para proporcionar um ajuste mais acessível para a maioria dos ciclistas.

No entanto, outros novos problemas também surgiram, derivados da integração que prevalece nas bicicletas mais recentes. Em muitos casos, não temos escolha a não ser usar o guidão da própria marca ou o conjunto de guidão e mesa integrados que são projetados para manter as linhas da bicicleta e direcionar de forma eficaz os cabos de maneira totalmente interna.

A maioria das marcas tem opções suficientes de larguras e comprimentos de mesa, no entanto, não temos a possibilidade de escolher o alcance e a caída mais adequados, portanto, não há escolha a não ser adaptar a posição do ciclista jogando com outros parâmetros, como o comprimento da mesa ou espaçadores na direção.

Alumínio ou carbono

Tal como no resto dos componentes das bicicletas atuais, o carbono tem vindo impondo a sua presença também nos guidões de estrada. Menor peso e melhor filtragem de vibrações provenientes do terreno são seus principais pontos fortes.

No entanto, o guidão de alumínio ainda tem muito a dizer. Eles são muitas vezes mais rígidos do que os seus homólogos de carbono, na verdade, muitos ciclistas profissionais preferem este material em seus guidões de bicicleta quando podem escolher. Além disso, seu preço é notavelmente inferior ao dos modelos de carbono, sendo a diferença de peso, se escolhermos modelos de alumínio de qualidade, muito baixa.

Outra vantagem do guidão de carbono é a maior flexibilidade na hora de definir a forma do mesmo, o que permite normalizar modelos com linhas aerodinâmicas com parte superior perfilada e que possuem detalhes como um pequeno degrau que impede o salto entre onde finaliza a fita de guidão e o resto.

Como em outras ocasiões, se você decidiu trocar o guidão de sua bicicleta, antes de comprar com os olhos, recomendamos que você vá a um biomecânico que verificará sua posição na bicicleta e recomendará os modelos que melhor se adequam a você. Suas mãos, pescoço e costas certamente agradecerão quando você passar 5 ou 6 horas pedalando.

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